Os Núcleo de Árbitros de Futebol de Évora, de Vendas Novas e da Zona dos Mármores, que representam a arbitragem distrital de Évora, estiveram esta quinta-feira reunidos para discutir a «crise da arbitragem eborense».
Da reunião, «após auscultação de todos os árbitros», saíram sete deliberações, sendo a mais importante a «indisponibilidade» dos juízes para apitar quaisquer jogos da AF Évora já no próximo fim de semana e a decisão de pedir dispensa «por tempo indeterminado» a partir do fim de semana seguinte.
Através de comunicado, os três núcleos lamentaram a forma como a AF Évora «tem encarado a arbitragem como uma mera despesa, promovendo sucessivos cortes e medidas que visam apenas critérios economicistas, sem ter em conta os interesses quer dos árbitros, quer das próprias equipas e sem ouvir nada nem ninguém».
A reunião surge, segundo o documento, «na sequência das infelizes declarações do senhor presidente da Associação de Futebol de Évora, numa reunião na FPF».
Da reunião, «após auscultação de todos os árbitros», saíram sete deliberações, sendo a mais importante a «indisponibilidade» dos juízes para apitar quaisquer jogos da AF Évora já no próximo fim de semana e a decisão de pedir dispensa «por tempo indeterminado» a partir do fim de semana seguinte.
Através de comunicado, os três núcleos lamentaram a forma como a AF Évora «tem encarado a arbitragem como uma mera despesa, promovendo sucessivos cortes e medidas que visam apenas critérios economicistas, sem ter em conta os interesses quer dos árbitros, quer das próprias equipas e sem ouvir nada nem ninguém».
A reunião surge, segundo o documento, «na sequência das infelizes declarações do senhor presidente da Associação de Futebol de Évora, numa reunião na FPF».
Leia o comunicado na íntegra:
«Os três Núcleos representativos da arbitragem distrital de Évora, reuniram hoje com os seus árbitros, tendo como ordem de trabalhos o tema da “crise da arbitragem eborense”. Esta reunião, vem no seguimento das Infelizes declarações do Senhor Presidente da Associação de Futebol de Évora, numa reunião na FPF onde se debatiam assuntos relevantes para o futebol português e, como é lógico, do futebol eborense.
«Os três Núcleos representativos da arbitragem distrital de Évora, reuniram hoje com os seus árbitros, tendo como ordem de trabalhos o tema da “crise da arbitragem eborense”. Esta reunião, vem no seguimento das Infelizes declarações do Senhor Presidente da Associação de Futebol de Évora, numa reunião na FPF onde se debatiam assuntos relevantes para o futebol português e, como é lógico, do futebol eborense.
Desde a algumas épocas a esta parte, a Associação de Futebol de Évora tem encarado a arbitragem como uma mera despesa, promovendo sucessivos cortes e medidas que visaram apenas critérios economicistas, sem ter em conta os interesses, quer dos árbitros, quer das próprias equipas, sem ouvir nada nem ninguém.
Os árbitros estão cientes das dificuldades que o país atravessa e as instituições, como a AFÉ, também têm as suas limitações orçamentais, mas os árbitros de Évora há mais de 10 anos que não têm aumentos nas tabelas de prémios. Nós somos os únicos agentes intervenientes no jogo, em que tudo o que ganhamos é declarado às Finanças, contrariamente a outros, que também se dizem amadores.
Os árbitros têm que comprar do seu próprio bolso, equipamentos, apitos, bandeiras, cartões, calçado, tudo aquilo que é necessário para arbitrar um jogo. Isto é, pagamos para arbitrar!
Acabaram com os apoios aos 3 centros de treino do distrito (Borba, Évora e Vendas Novas), sem apresentarem alternativas e sem ouvir os árbitros.
A formação teórica e prática é inteiramente suportada pelos 3 Núcleos, não tendo a AFÉ qualquer custo com esta formação. Isto é, são os Núcleos que preparam os árbitros para arbitrarem os jogos organizados pela AFÉ.
Sentimo-nos desprotegidos pela entidade que representamos todos os fins-de-semana pelos vários campos de futebol deste distrito. As penas aplicadas aos prevaricadores (jogadores, dirigente e técnicos) são um claro incentivo à própria prevaricação. Quem infringe as Leis do jogo, quem não tem um comportamento responsável, quem insulta, quem ofende, quem agride, quem tenta agredir tem que ser severamente punido!
Com a entrada em vigor do novo Decreto-lei, sobre a não obrigatoriedade do policiamento nos jogos de juvenis e iniciados, achamos que não foi correcto da parte do
Senhor Presidente da AFÉ, não só, não ter encontrado uma solução atempada para resolver este problema, mas também pelo facto de manifestar que sobre este assunto “não precisa dos árbitros para nada”… “apenas dos clubes”. Entendemos estas declarações como muito graves, ofensivas para aqueles que representam a AFÉ nas competições organizadas por esta e que nos merecem total repúdio.
Como tal foi decido pelos 3 Núcleos, após auscultação de todos os árbitros, o seguinte:
1- Não existir disponibilidade da parte dos árbitros em arbitrar qualquer jogo das competições oficiais da AFÉ no próximo fim-de-semana de 9, 10 e 11 de Novembro, para os quais foram nomeados;
2- Avançar com pedido de dispensa por tempo indeterminado a partir no fim-de-semana de 16, 17 e 18 de Novembro, por parte de todos os árbitros dos quadros da AFÉ;
3- Exigir um pedido oficial e público de desculpas por parte do Senhor Presidente da AFÉ a todos os árbitros filiados na Associação, pelas suas declarações infelizes já mencionadas anteriormente;
4- Exigir uma solução rápida, consensual, ponderada, responsável e adequada à realidade distrital de Évora para a questão da falta de policiamento nos jogos de juvenis e iniciados;
5- Exigir uma proposta de alteração das penas a aplicar a agentes desportivos, que no desempenho das suas funções prevariquem e incorram em comportamentos condenáveis;
6- Exigir uma proposta de alteração estatutária que inclua os 3 Núcleos como membros permanentes da Assembleia-Geral da AFÉ, com direito a voto, tal como os clubes;
7- Exigir que os árbitros (Núcleos) sejam ouvidos e sejam parte integrante dos processos referentes aos pontos 4, 5, e 6.
Até estarem satisfeitas as nossas exigências, nenhum árbitro estará disponível para actuar em qualquer jogo das competições distritais da AFÉ.»
Os árbitros estão cientes das dificuldades que o país atravessa e as instituições, como a AFÉ, também têm as suas limitações orçamentais, mas os árbitros de Évora há mais de 10 anos que não têm aumentos nas tabelas de prémios. Nós somos os únicos agentes intervenientes no jogo, em que tudo o que ganhamos é declarado às Finanças, contrariamente a outros, que também se dizem amadores.
Os árbitros têm que comprar do seu próprio bolso, equipamentos, apitos, bandeiras, cartões, calçado, tudo aquilo que é necessário para arbitrar um jogo. Isto é, pagamos para arbitrar!
Acabaram com os apoios aos 3 centros de treino do distrito (Borba, Évora e Vendas Novas), sem apresentarem alternativas e sem ouvir os árbitros.
A formação teórica e prática é inteiramente suportada pelos 3 Núcleos, não tendo a AFÉ qualquer custo com esta formação. Isto é, são os Núcleos que preparam os árbitros para arbitrarem os jogos organizados pela AFÉ.
Sentimo-nos desprotegidos pela entidade que representamos todos os fins-de-semana pelos vários campos de futebol deste distrito. As penas aplicadas aos prevaricadores (jogadores, dirigente e técnicos) são um claro incentivo à própria prevaricação. Quem infringe as Leis do jogo, quem não tem um comportamento responsável, quem insulta, quem ofende, quem agride, quem tenta agredir tem que ser severamente punido!
Com a entrada em vigor do novo Decreto-lei, sobre a não obrigatoriedade do policiamento nos jogos de juvenis e iniciados, achamos que não foi correcto da parte do
Senhor Presidente da AFÉ, não só, não ter encontrado uma solução atempada para resolver este problema, mas também pelo facto de manifestar que sobre este assunto “não precisa dos árbitros para nada”… “apenas dos clubes”. Entendemos estas declarações como muito graves, ofensivas para aqueles que representam a AFÉ nas competições organizadas por esta e que nos merecem total repúdio.
Como tal foi decido pelos 3 Núcleos, após auscultação de todos os árbitros, o seguinte:
1- Não existir disponibilidade da parte dos árbitros em arbitrar qualquer jogo das competições oficiais da AFÉ no próximo fim-de-semana de 9, 10 e 11 de Novembro, para os quais foram nomeados;
2- Avançar com pedido de dispensa por tempo indeterminado a partir no fim-de-semana de 16, 17 e 18 de Novembro, por parte de todos os árbitros dos quadros da AFÉ;
3- Exigir um pedido oficial e público de desculpas por parte do Senhor Presidente da AFÉ a todos os árbitros filiados na Associação, pelas suas declarações infelizes já mencionadas anteriormente;
4- Exigir uma solução rápida, consensual, ponderada, responsável e adequada à realidade distrital de Évora para a questão da falta de policiamento nos jogos de juvenis e iniciados;
5- Exigir uma proposta de alteração das penas a aplicar a agentes desportivos, que no desempenho das suas funções prevariquem e incorram em comportamentos condenáveis;
6- Exigir uma proposta de alteração estatutária que inclua os 3 Núcleos como membros permanentes da Assembleia-Geral da AFÉ, com direito a voto, tal como os clubes;
7- Exigir que os árbitros (Núcleos) sejam ouvidos e sejam parte integrante dos processos referentes aos pontos 4, 5, e 6.
Até estarem satisfeitas as nossas exigências, nenhum árbitro estará disponível para actuar em qualquer jogo das competições distritais da AFÉ.»
9 comentários:
Olha, olha zangaram-se as comadres!! Já estou de ouvido alerta para ouvir as verdades. Os árbitros (salvo honrosas excepções) e a actual direcção da AFE são o pior que o futebol distrital tem. Pode ser que deste confronto saia a "limpeza"
Uma vergonha....Mais uma vez pela birrice destes meninos são os clubes a pagarem....
Eu sou um mero adepto...
Que me desculpem aqueles que estão contra áquilo que chamam de "birra"...
Mas a verdade é que eles teêm razão...
Já tiveram erros que prejudicaram clubes em certos campos, inclusive o meu clube...
Mas pondo-me no lugar deles, não gostava que num jogo da formação algum pai mais exaltado, etc, viesse ter comigo e agredir-me...
Posso não ver o meu clube, jogar domingo para a Taça, mas eles teêm razões para a greve, assim como os clubes teêm o direito de os "massacrar" muitos domingos nos campos e depois nos blogs...
Razão têm toda, não há duvidas, mas quem deveria tomar esta posição era a Associação e não os árbitros,veja-se o caso de Lisboa, porque assim parece gato escondido com rabo de fora....porquê só agora quanto já houve tantos acontecimentos graves para a dignidade dos árbitros e num foi tomada qualquer posição por parte destes?
E já agora se realmente a frase do Presidente foi dita assim sem mais nem menos é de lamentar, mas nós não sabemos o contexto pelo que tenho que dar o beneficio da duvida ao Sr.
De acordo com a lei, não se adiam jogos por falta de arbitro.
Se não se encontrar uma equipa de arbitragem entre os espectadores, os Clubes intervenientes estão obrigados a resolver a situação. Os dois capitães, obrigatoriamente vão fazer parte da equipa de arbitragem.
Boa noite, relativamente ao ultimo comentário está muito coerente e a minha opinião é em tudo similar excepto no ultimo ponto em que acabei de ouvir o Sr. Amaro Camões a falar sobre o assunto na rádio e o mesmo disse: "Não quero saber dos árbitros, não precisamos de árbitros, apenas de um campo, de uma bola e jogadores. Relativamente ao policiamento não tem posição definida.
Pergunto então , o que é isto? Este sr é quem gere o futebol em Évora?????? A pessoa que devia zelar pelo bem dos intervenientes n tem opinião? A situação afeta tanto clubes como arbitros atletas e espetadores. Os clubes n foram informados propositadamente sobre o que podem ter de acarretar, nem comento a frase aos arbitros. Penso que esta situação tÊm de ser escalada para a FPF e o Sr. Amaro Camões não têm neste momento condições para continuar a ser presidente (que nunca foi pelos vistos) Aplico-lhe as palavras do presidente da AFL : NUNCA ASSISIU A UM JOGO DE FUTEBOL AMADOR - DEMITA-SE
o senhor presidente da afe nao precisa dos arbitros para nada só dos clubes. porque será? É porque lhes anda a roubar muitos euros como estar a cobrar taxas de jogo as camadas mais jovem quando isso nao é permitido. Vamos mas é abrir os olhos porque a AFE tem cada vez mais dinheiro e os clubes fecham portas.
Apesar de os Árbitros terem comparecido aos jogos para que estavam nomeados na semana passada, recordo que a luta ainda não terminou. Todos os Árbitros mantêm a dispensa por tempo indeterminado e ao que parece vão mantê-la. A luta ainda mal começou, e após reunião entre conselho de arbitragem e presidente da AFE, parece que em nada deu. Desta vez, não haverá nada que impeça de não haver Árbitros suficientes para todos os jogos, pois desta vez não irão faltar mas sim não estarão disponiveis para actuar dentro da legalidade do regulamento interno.
Cumprimentos,
Árbitro
No fim não sei quem é que vai ter que engolir um sapo maior que o Templo Diana......
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